segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sinais de um Testemunho


“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus”. Mt 10.32-33

Entendemos que a igreja primitiva se alicerçava em duas práticas o arrependimento e o batismo. Arrependimento fala de uma expressão interna e Batismo fala de uma expressão externa e está totalmente ligada a palavra “testemunho”.

Testemunho fala de um encontro verdadeiro, uma alteração de vida de notória aparência.

Negar neste texto é “arneomai” e significa dizer não, contradizer ou negar por desconhecer uma pessoa.

A palavra negar aqui reflete uma negação gerada por falta de afinidade, intimidade ou simplesmente por uma conveniência.

E nestes dias de personificações apóstatas nos veio uma pergunta: Quais são os sinais de um testemunho verdadeiro, como posso medir se o que vivo está refletindo um encontro genuíno com Cristo?

Entendemos que o verdadeiro testemunho gera frutos

Utilizemos o maravilhoso relato da Mulher Samaritana (Jo 4)

Em um dia que as necessidades físicas de uma mulher e a humanidade de um Deus poderoso foram colocadas frente a frente (v.6-7), Jesus diz que não tinha um poço (água parada), Ele tinha uma fonte a jorrar para a vida eterna (v.14).

Logo aquela mulher com a mente atordoada com as informações daquele Judeu se prontifica a receber, mais é golpeada por uma palavra reveladora de seus pecados (v.15) e uma estranha vontade de adorar a Deus brota em seu coração. Esta mesma força a faz largar o seu cântaro (v.28, “amarras do passado”) e ir até a cidade contar tudo o que tinha lhe acontecido.

O Resultado de tamanha convicção foi:

“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito”v.39

Você tem dado algum fruto, será que o encontro com Jesus gerou um impacto a ponto de influenciar pessoas a sua volta? Veja Mt 12.33

Entendemos que o verdadeiro testemunho recebe uma missão

A cura e libertação do homem Gadareno (Lc 8.26-39) nos traz algumas preciosidades talvez escassas na maioria dos cenários onde se trabalha a “teologia da libertação”.

No v.35 diz que todo o povo saiu para ver o que estava acontecendo e ao encontrar aquele, até outrora escravizado homem, relata algumas das mudanças visíveis:

Estava vestido (novas vestes, justificação), perfeito juízo (nova mentalidade-Rm 12.2) e assentado aos pés de Jesus (escolhendo a “melhor parte” e isso fala de rendição, obediência).

O encontro com Jesus foi tão forte que aquele homem rogou que o deixasse ir com Ele, mas o mestre já tinha outra missão para aquele homem “volta para tua casa e conta aos teus tudo que Deus te fez” e este comissionamento foi obedecido por aquele novo discípulo (v.39)

Não há veracidade no encontro se não houver uma vontade de segui-lo!

O verdadeiro testemunho não pode ser contestado

O Cego de Nascença (Jo 9) relata muito bem o tipo de encontro que é inegável, após seus olhos serem lavados no tanque de Siloé (v.7) sua transformação foi tão grande que trouxe dúvidas a seu respeito e mais que isso, se perguntavam com se tinha acontecido tal milagre? (v.9-10).

O fato é que os Fariseus foram interrogar aquele homem a respeito do Autor de tamanha alteração e não satisfeitos com sua resposta chamam seus pais e os interrogam também. A resposta daquele homem ressoa até hoje em meu coração:

Se é pecador eu não sei; uma coisa eu sei: eu era cego e agora vejo”v.25

Em um mundo que “testemunho” tem sido sinônimo de autobiografia entendemos que quando estamos realmente testemunhando, não falamos de nós mesmos, mas de Cristo e isso deve alcançar comunicações não limitadas a palavras!

“Pregue a todo tempo, se preciso for use palavras”

Certo pregador americano disse uma história muito interessante:

Suponha que um homem foi atravessar uma grande rodovia a pé e ao pisar no asfalto uma carreta enorme surge em sua direção e não conseguindo frear ou desviar o atropela arrastando-o por vários metros. Pergunta: é possível aquele homem escapar deste acidente sem nenhuma sequela?

Ele termina dizendo: Como pode uma pessoa ter um encontro com Jesus e não ter sinais deste encontro uma vez que Ele é muito mais poderoso que um caminhão desgovernado?

Analise sua vida, veja se há possibilidade de frutos, se há fogo queimando por comissionamento e se seu encontro com Jesus é incontestável e inegável. Caso contrário se lance na rodovia celestial e deixa ser colidido por um Deus terrivelmente poderoso.

“Testemunhar não é algo que fazemos, mas que somos”

Fraturado;

David Júnio

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