quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Medula Óssea: Doe Esperança, Doe Vida em Vida!



Constituída por tecido líquido-gelatinoso e encontrada no interior dos ossos, a medula óssea produz os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou células vermelhas, responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação; os leucócitos ou células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.

O transplante de medula óssea beneficia pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causada por algum tipo de câncer no sangue como leucemias e linfomas, além de portadores de aplasia medular, entre outras doenças.

Passo a passo para tornar-se doador

Para integrar o cadastro de doadores, é necessário:

  • ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não apresentar doenças como as infecciosas ou as hematológicas;
  • apresentar documento oficial de identidade, com foto;
  • preencher os formulários: ficha de identificação do candidato e termo de consentimento;
  • colher uma amostra de sangue com 5ml para testes, para fazer o exame HLA (Antígenos Leucocitários Humanos) que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA será cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca);

Constantemente, há um cruzamento de dados entre o resultado de HLA do doador cadastrado no Redome e do paciente, informação que fica armazenada no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é convocado para exames complementares e para realizar a doação. O candidato não receberá o resultado do HLA, pois este tipo de teste somente é importante para verificar a compatibilidade do transplante.

Onde se cadastrar em Minas Gerais

  • Belo Horizonte:

Região Central- Alameda Ezequiel Dias, 321 -(31)3248-4515/ 3245-4516

Região do Barreiro – avenida Dr. Cristiano Resende, 2.505 - (31) 3390-8014

  • Betim: avenida Salvador Gonçalves Diniz, 191 - (31) 3595-1010
  • Diamantina: rua da Glória, 469 - (38) 3532-1354
  • Divinópolis: rua José Medesff, 221 - (37) 3222-1344
  • Governador Valadares: rua Rui Barbosa, 149 - (33) 3271-6600
  • Ituiutaba: avenida 5ª, s.n° (c/ 38, nº 40) - (34) 3269-0005
  • Juiz de Fora: rua Barão de Cataguazes, s.n° - (32) 3257-3114
  • Manhuaçu: rua Frederico, 289 - (33) 3331-1021
  • Montes Claros: rua Urbino Viana, 640 - (38) 3218-7814
  • Passos: rua Dr. José Lemos Barros, 313 - (35) 3522-4202
  • Patos de Minas: rua Major Gote, 1.255 - (34) 3822-9646
  • Poços de Caldas: avenida José Remigio Prezia, 303–(35)3712-9012/3712-9015
  • Ponte Nova: rua Carlos Gomes, 17 - (31) 3817-7321
  • Pouso Alegre: rua Comendador José Garcia, 825 - (35) 3422-9277
  • São João del-Rei: rua Prefeito Nascimento, 175 - (32) 3371-3389
  • Sete Lagoas: avenida Dr. Renato Azeredo, 3.170 - (31) 3774-5074
  • Uberaba: avenida Getúlio Guaritá, 250 - (34) 3312-5713
  • Uberlândia: rua Levino de Souza, 1.845 - (34) 3222-8801

Compatibilidade

A chance de encontrar um doador compatível entre irmãos, filhos de mesmo pai e mesma mãe, é estimada em 25% a 30%, aproximadamente. Entre pessoas não aparentadas, essa possibilidade pode chegar a 1 para 100.000 candidatos cadastrados.

A compatibilidade é verificada pela semelhança entre os antígenos dos leucócitos do doador com os do receptor, por meio do exame de HLA (Antígenos Leucocitários Humanos). Portanto, quanto mais candidatos cadastrados, maiores as chances de se encontrar o doador ideal para os pacientes que precisam de transplante.

Se o candidato for considerado compatível com um paciente, ele será consultado, mais uma vez, para decidir sobre a doação. Com a confirmação do doador, outros testes sanguíneos serão feitos para confirmar a compatibilidade. Em seguida, o candidato passa por rigorosos exames para avaliação da sua saúde e, se tudo der certo, ele se tornará um doador.

Coleta

Há duas formas básicas para coleta da medula de um doador:

  • punções no osso da bacia, por meio de agulhas especiais, sob efeito de anestesia. Os doadores passam por um pequeno procedimento cirúrgico, de aproximadamente 90 minutos.
  • aférese, procedimento de coleta por via periférica, que se assemelha a uma doação de sangue. Não necessita internação nem anestesia.

A escolha sobre o tipo de coleta não é uma decisão do doador ou do paciente, mas sim uma indicação médica, de acordo com o tipo de patologia ou diagnóstico do paciente.

Transplante

O paciente é tratado com quimioterapia, que destrói sua própria medula, e recebe a medula óssea doada por meio de transfusão. Em duas semanas, a medula óssea transplantada já estará produzindo células novas.

Para os doadores, os riscos são praticamente inexistentes. Apenas 10% da medula óssea são retirados e dentro de poucas semanas a medula doada será recomposta pelo organismo. A medula

O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue

Não confundir

Medula óssea: popularmente conhecida como “tutano”, é constituída por tecido líquido-gelatinoso, ocupando a cavidade dos ossos.

Medula espinhal: formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral, cuja função é transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

O que é o Redome

Criado em 1993 e coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) reúne as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se voluntariam a doar medula para pacientes que precisam do transplante. Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no Redome com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando é verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para realizar a doação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário