terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pedras ou Perdão


João 8.1-11

Muitos afirmam que esta mulher era Maria Madalena, mas o texto bíblico não deixa clara tal afirmação, ocultando assim o nome desta que para aqueles escribas e fariseus não passava de um objeto anônimo sentenciado a morte!

O fato é que se tratava de uma armadilha para apanhar Jesus.

Vejamos o que diz a lei sobre este pecado de adultério:

Em Levítico 20.10 diz “Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo será morto o adúltero e a adúltera”.

Em Deuteronômio 17.2-5 diz “Quando no meio de ti, em alguma das tuas portas que te dá o SENHOR teu Deus, se achar algum homem ou mulher que fizer mal aos olhos do SENHOR teu Deus, transgredindo a sua aliança, que se for, e servir a outros deuses, e se encurvar a eles ou ao sol, ou à lua, ou a todo o exército do céu, o que eu não ordenei, e te for denunciado, e o ouvires; então bem o inquirirás; e eis que, sendo verdade, e certo que se fez tal abominação em Israel, então tirarás o homem ou a mulher que fez este malefício, às tuas portas, e apedrejarás o tal homem ou mulher, até que morra”.

Quando pego em adultério os dois adúlteros envolvidos eram apedrejados até a morte.
Mas tudo não passou de uma armação!
1ª - Quem tinha que oferecer a denúncia seria o ofendido (no caso o marido).
2ª - Não seria só da mulher a culpa, existia um homem que adulterou com a mesma, teriam que trazer os dois.
Acontece que os judeus estavam sobre o domínio de Roma e não poderiam sentenciar ninguém. Trazendo a mulher pra Jesus dar o seu parecer, geraria a oportunidade de acusação que eles tanto esperavam, pois se Jesus a condenasse, imediatamente iriam dizer que ele estava passando por cima das leis de Roma, se Jesus a absolvesse, acusariam de ir contra a lei de Moisés.

No v.5 eles recitam a lei para Jesus “E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?”

Jesus, porém com a sua resposta sábia e certeira (v.7) faz aqueles homens identificarem a realidade dos seus corações, totalmente cheios de pecado, de justiça própria (Isaías 64.6) e a conclusão que eles chegaram era que eles também mereciam a morte!

V.10 – Não houve condenação por falta de um acusador sem culpa, afinal se existisse ali um justo habilitado a apedrejar, esta mulher experimentaria a morte. Mas neste mesmo local havia um justificador puro e sem mácula, o qual nasceu com um propósito de nos redimir de toda acusação!

2 Coríntios 5.21 “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.

No v.6 e v.8 diz que Jesus se inclinava e escrevia algo no chão, alguns dizem que Ele escrevia os pecados daquela mulher, outros dizem que eram os nomes daqueles fariseus, não sabemos ao certo, mas o interessante é que em Jeremias 17.13 diz que o nome de todos que se apartaram do Senhor seriam escritos no chão!

“Ó SENHOR, Esperança de Israel! Todos aqueles que te deixam serão envergonhados; o nome dos que se apartam de mim será escrito no chão; porque abandonam o SENHOR, a fonte das águas vivas”.

Jesus sabia que aquela mulher estava longe, mas Ele fez valer Romanos 8.31-39

“Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Saiba que há perdão disponível pra você, basta se jogar aos seus pés de Jesus!

NEle sempre

David Júnio

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Qual é seu prato predileto?


João 4.34 “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”.

Alimentação é uma necessidade de primeira importância, é muito difícil alguém suportar muitos dias de fome. Imagina estar de estômago vazio e ver pessoas comendo ao seu redor, é algo bastante perturbador. Necessitamos de alimento e nenhum de nós quer ser privado do mínimo necessário para sobrevivermos. Agora suponha que outra coisa na sua vida fosse tão necessária quanta a comida, pense bem, você deixaria essa coisa de lado e preocuparia com outras?

Em João cap. 4 temos o relato maravilhoso do encontro de Jesus com a mulher Samaritana. Aqui no v. 31 os discípulos foram comprar comida e deixaram Jesus sentado à beira de um poço. Ali, Jesus, cumprindo a vontade do Pai, transmitiu a Verdade a esta mulher que fora lá buscar água. Os discípulos voltaram e não entenderam o que se passava ali e tão logo a mulher se afastou, puseram-se a insistir com Jesus para que ele comesse alguma coisa. Daí Jesus declarou que tinha algo para comer, mas que os discípulos não conheciam tal comida.

Os médicos dizem que são necessárias três refeições básicas por dia para sobrevivermos (café da manhã, almoço e jantar).

Daniel sabia muito bem disso! Em Daniel 6.10 diz que ele se alimentava de uma dieta especial, três vezes ao dia ele se punha de joelhos e orava e dava graças, diante do seu Deus!

Viver no modo oração é a diferença entre ver a coincidência e a providência – Isaías 43.13

Grandes respostas de oração são frutos de grandes desejos de oração!

É necessário observar fielmente o cardápio para termos uma vida saudável.

Em Mateus 4.3-4 Jesus está a 40 dias de jejum e agora está sendo tentado pelo diabo.

Texto original de Mateus 4.4 : “O ainda respondendo ele disse: tem sido escrito não em pão unicamente estará vivendo o humano, mas em toda declaração que vai para fora através da boca de Deus”.

A partir da tradução literal, vemos uma diferença. Em vez de “palavra” que sai da boca de Deus, temos uma “declaração”. A palavra “declaração” o original (ρηματι, “rêmati”) se refere a uma ordem, um comando, um mandamento. O homem viverá não somente do pão, mas terá vida a partir do momento em que cumprir os mandamentos de Deus, por mais absurdos que possam parecer. Salmos 1.1-3

A unção que brota da obediência à palavra de Deus traz uma nutrição muito mais poderosa do que qualquer alimento pode oferecer. Isaías 1.19 “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra”.

Em caso de um jantar é necessário verificar se você foi convidado

Em Mateus 7.21-23 Jesus adverte contra a auto-ilusão, uma mera profissão verbal de autoridade sem obediência à vontade de Deus. É até mesmo possível para uma pessoa auto-iludida exercer um ministério espetacular, usando a autoridade das Escrituras e o nome de Jesus, sem seguir como discípulo genuíno e obediente!

Algumas coisas diferenciam um verdadeiro discípulo (seguidor integral de Jesus) de um aluno ou um seguidor parcial. O seguidor parcial é aquele que segue por interesse ou segue enquanto as ordenanças são fáceis, obedece quando é conveniente. Na verdade um seguidor parcial é alguém que se engana. Se quisermos nos aprofundar num relacionamento verdadeiro com Jesus precisamos consagrar nossas vidas para sermos verdadeiros discípulos Dele.

Devemos agir como Davi relatou nos Salmos 40.8 “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu, dentro do meu coração está a tua lei”

Já dizia Martin Luther King “Um homem que não morreria por algo, não é digno de viver por ele”

Qual é o prato principal?

João 6.35 “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”.

Jesus é o pão que alimentava os famintos, que curava os enfermos, que restaurava as pessoas caídas. Jesus se compadecia das pessoas e compadecer é sentir de dentro, sentir a mesma dor.

Que a nossa comida seja fazer a vontade do Senhor!

NEle sempre

David Júnio

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Barrabás, quantos se identificam?



Falar que a bíblia é um livro de contrates e extremos não seria nenhum exagero, mas existe um contraste que me deixa impactado é o de Barrabás e Jesus.
No evangelho de Marcos 15.1-15 vemos a seguinte cena:
Jesus é preso e levado a Pilatos sobre a acusação de blasfêmia, mas os assuntos religiosos judaicos não preocupavam muito Pilatos, de modo que ele não ficaria impressionado com a acusação de blasfêmia. Por isso, o Sinédrio deturpou as reinvidicações de Jesus para querer dizer que ele estava tramando uma rebelião contra os romanos.

Por ocasião da festa que estava se aproximando era de costume soltar um prisioneiro e havia um homem chamado Barrabás. Ele foi o criminoso escolhido pela multidão de Jerusalém para ser solto ao invés de Jesus Cristo. Mateus o chama de um "preso muito conhecido". Marcos diz que ele foi "preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio". Lucas afirma que ele foi lançado na prisão "por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio". João o chama "salteador". Não há mais pormenores, e qualquer outra dedução seria mera suposição. O que sabemos de fato é que Barrabás era um perturbador da ordem pública, vil, de má fama, ladrão e assassino. É simplesmente ridículo ser oferecido em comparação com o Filho do Altíssimo. Retratar o nosso Senhor ao lado desse homem vil e depois ser trocado por ele é uma cena tão ultrajante que nos faz estremecer.
Mas aí vem uma pergunta, qual o denominador comum entre Jesus e Barrabás?
O único ponto que a vida de Jesus se encontra com a de Barrabás é que Jesus nasceu com um propósito, morrer para levar algo que não era seu, os nossos pecados. A perfeita substituição do homem mundano e pecador, pelo justo e inocente!

O contraste final é hipotético. Não é possível deixar de imaginar o que houve com Barrabás. Eis um homem diante da morte certa, sem dúvida imaginando o que seria morrer na cruz. Sua única esperança, que se achava por um fio, era escapar e levar a vida como um fugitivo. Nem em seus melhores sonhos ele imaginava ser perdoado, sobretudo em troca de alguém como Cristo.

Mas 745 anos antes deste dia, 712 anos antes do nosso Senhor nascer, existia uma profecia: “Isaías 61.1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados” e Ele a cumpriu FIELMENTE. Aleluias

Permanece o fato de que Jesus, um homem de elevada nobreza foi trocado por um homem pecador, será que você se identifica com essa história?
Todos nós éramos como Barrábas e Deus com o seu imenso amor enviou Jesus para tomar o lugar no cárcere que nos estava reservado. “II Corintios 5.21 Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.

NEle sempre
David Júnio

Elogios e Aplausos um Prenúncio de Morte



Em Lucas 19.28 vemos o relato da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Durante a última semana de seu ministério, Jesus cumpriu deliberadamente as profecias messiânicas. A entrada triunfal em Jerusalém, que aconteceu no sábado antes da purificação, foi uma parábola encenada, uma forma dramática na qual Jesus proclamou seu messianismo. Isso cumpriu a profecia de Zacarias 9.9 “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” nos mínimos detalhes.
Roupas ao chão, ramos são arrancados para servir de tapete (os súditos do rei lhe prestavam homenagem preparando-lhe um carpete para caminhar e cavalgar). Aplausos e gritos de júbilo são lançados ao vento. Todos esses atos parecem tão espontâneos e alegres. Quando retratado o mesmo episódio no livro de João 12.16 o escritor diz que “Jesus foi glorificado”! Que momento histórico, na verdade “um dia de glória”.
Menos de sete dias depois daquele dia de festas, Jesus é preso “Lucas 22.47 Falava ele ainda, quando chegou uma multidão, e um dos doze, o chamado Judas, que vinha à frente deles, aproximou-se de Jesus para beijá-lo...” e quando encaminhado a presença de Pilatos para validar seus delitos, este não identificou nenhum dolo, nenhuma falta no nosso Senhor, mas INACREDITAVELMENTE a mesma multidão que a poucos dias estava reconhecendo Jesus como o enviando de Deus agora estava gritava com pulmões abertos: CRUCIFICA-O! CRUCIFICA-O!
Lucas 23.20 Desejando Pilatos soltar a Jesus insistiu ainda. 21 Eles, porém, mais gritavam: Crucifica-o! Crucifica-o! 22 Então, pela terceira vez, lhes perguntou: Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte; portanto, depois de castigá-lo, soltá-lo-ei. 23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu.

Lição: Vivemos em uma sociedade onde as pessoas buscam os aplausos e elogios a todo custo, é como se fosse um combustível para continuar caminhando, mas aprendemos com este relato que os que nos aplaudem e elogiam hoje são os mesmos que podem pedir a nossa sentença de morte amanhã!

"Sejamos como o sol que não visa nenhuma recompensa, nenhum elogio, não espera lucros nem fama, simplesmente brilha!" (Autor desconhecido)

NEle sempre
David Júnio