quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Escribas de Hoje

“Ouvindo-o todo o povo, recomendou Jesus a seus discípulos: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares e muito apreciam as saudações nas praças, as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes; os quais devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes sofrerão juízo muito mais severo” . Lc 20.45-47

Na Antiguidade, os escribas eram os profissionais que tinham a função de escrever textos, registrar dados numéricos, redigir leis, copiar e arquivar informações. Como poucas pessoas dominavam a arte da escrita, possuíam grande destaque social.
Os escribas eram, geralmente, funcionários reais, pois eram comandados pelo governante e deviam fazer tudo o que seu superior ordenasse.

Jesus aponta duas atitudes erradas nos escribas: a vaidade e a hipocrisia.

A vaidade revela-se nas longas vestes, no prazer em ser cumprimentados publicamente, na presunção de ocupar sempre os primeiros lugares no templo e nas sinagogas.

É espantoso validar o significado desta palavra: “vaidade” qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro. Desejo imoderado de atrair admiração ou homenagens.

A hipocrisia revela-se em ostentarem grande devoção, prolongando os tempos de oração comum, só para darem nas vistas.

Os “hipócritas” são identificados por sua impostura, fingimento, simulação, falsidade.

A sua pretensa religiosidade torna-se ainda mais escandalosa quando não revelam qualquer pudor na opressão dos fracos e dos indefesos. Os escribas são homens impuros, incapazes de fazerem dom de si mesmos a Deus e ao próximo.

Atualmente esta profissão não é denominada como nos tempos antigos, mas não podemos garantir que suas características ainda continuam a se revelar nos grandes templos, em frente a potentes câmeras e aquecidos grupos sociais.

Que haja conversão de caminhos!

Convém que Ele cresça e que eu diminua” Jo 3.30

Temerosamente;

David Júnio

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