segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fidelidade x Lealdade

Nestes dias temos pensado e sendo confrontados a validar o sentido das palavras fidelidade e temor.

A fidelidade é a exatidão em cumprir suas obrigações visando um resultado.

Sabemos que servimos a um Deus fiel e que todas as suas promessas irão se cumprir, mas o problema é que podemos entrar por um caminho de obediência interesseira e engessada, as quais as motivações que nos envolve são os resultados que podemos alcançar, sejam eles pessoais, profissionais, ministeriais etc...

Vemos hoje pessoas utilizando de uma comunicação indutiva e superficial para levar pessoas a um pensamento positivista e pior ancorado por uma atribuição do caráter de Deus.

A fidelidade é sistemática, e o dever da fidelidade cessa quando cessam os compromissos.

Em contra partida vemos que o temor é um sentimento de reverência e respeito.

O temor a Deus nos direciona a um caminho de lealdade, muito mais profundo em suas aplicações, pois trazem em sua companhia o inevitável crivo da honestidade, sinceridade e franqueza.

A lealdade não cessa depois dos compromissos, não cessa sequer depois da morte, porque depois da morte há ainda um nome e uma memória a se respeitar, à qual devemos um comportamento leal.

Jesus em uma saudosa noite, depois de ter desejado ansiosamente, comeu com os discípulos com o intuito de gerar convicções extremamente profundas que deveriam ser colocadas em prática em sua maior parte após a sua morte (Lucas 22).

Será que isso não nos remete a validar se estamos usufruindo e nos apoderando de uma obediência burra e totalmente interesseira para com o nosso Senhor, maximizada por aquilo que Ele pode nos dar como fruto de nossa “fidelidade” do que aquilo que Ele é e já nos deu?

Talvez nos seja apropriado à oração de Davi “vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139. 24) para validar se a essência de nossa obediência é uma fidelidade interesseira inflamada por valores terrenos, ou uma lealdade pautada em créditos eternos?

Que haja temor às palavras do sábio e misterioso escritor de Hebreus:

“Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor” Hebreus 12.28-29

Profundamente abalado com as marcas da pós-modernidade;

David

Um comentário:

  1. Muito Bom David!
    Acho que esta é a mensagem para lideres emergentes deste tempoç valores que mudam a conclusão, e não apenas o trabalho em si.

    Às vezes trabalhamos para transformar circunstâncias, mas sem lealdade, esse trabalho não gera mudanças em nós mesmos.

    Um pedreiro não valorisa tanto a construção... apenas o trabalho, porque ele não vai morar ali.

    Mas quando um pai trabalha na construção de sua própria casa tem amor e paixão no seu trabalho, porque ele se esforça num lugar que ele tem POSTERIORIDADE. Ele tem uma visão futura mais eterna que o simples salário pelo trabalho feito.

    Nós servimos ao Senhor porque temos um prazer na vida que será vivido após o nosso labor. Vida esta que, não é pago por Deus em bens ou presentes, e sim com Sua presença e esperança da eternidade.

    Ser leal é amar o fruto, e a causa mais do que o pagamento.

    Muita Paz em Jesus!

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