segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Revisando Valores

Quantos não já ouviram a expressão: meu nome é trabalho e meu tempo é dinheiro?

Os valores que associamos a nossa vida estão intimamente ligados à maneira como organizamos nosso tempo, prioridades, esforços e principalmente a manifestação dos nossos dons, confiados pelo próprio Criador.

Sensivelmente temos sido influenciados a desprender das funções vitais e a operar debaixo de um regime de escravidão, que limita nossa capacidade criativa, fazendo que cada minuto vivido seja extremamente pesado, maximizado por metas e métodos de crescimento.

Estes dias temos estudado sobre o livro de Êxodo, mais propriamente o capítulo 1 que registra o fim do governo de José e o início de Faraó (1.1-14). José que viveu 110 anos e governou o Egito com o temor do Senhor morre e assim que Faraó assume, detecta que os Israelitas eram muito mais numerosos que os egípcios (v.9) e diante da possível ameaça dá início a um plano bem arquitetado e com táticas bem atuais nestes dias, vejamos suas implicações:

“Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra (v.10)”

A primeira tática de Faraó é a Astúcia que é a habilidade para usar artifícios enganadores, malícia, artimanha.

Tem uma frase que diz que os homens preferem geralmente o engano que os tranquiliza, à incerteza que os incomoda.

Parece que Faraó já sabia disso e impõe sobre o povo enganos para que fossem dispersos de seus poderes e habilidades de direito.

Creio que Faraó continua influenciando pessoas hoje, fazendo com que se percam em investidas vãs e totalmente descrentes de origem e propósito.

A segunda tática e talvez a mais sutil é a Manipulação.

“E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés (v.11)”

Manipular é influenciar para seguir comportamento e interesses que não são próprios, controle!

A manipulação influencia a programação da nossa mente, sugando todos os créditos levando-nos a uma cômoda e piedosa escravidão.

Exemplo disso é Elias que depois de tantos feitos poderosos em Deus, fugiu ao receber ameaça de uma impetuosa mulher chamada Jezabel (1Rs 18.46, 19) que com espaço dado por seu marido (Acabe) se impôs usufruindo desta mesma habilidade que gera morte e opressão.

Vejamos agora as consequências destas investidas:

e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam (v.14)”

Nestes dias me deparei com um senhor de idade de semblante triste e aparente depressão e após alguns minutos de conversa ele disse:

“Trabalhei a vida toda, casei e criei minha família com tremendo esforço, estudei todos os meus filhos, mas não entendo, parece que tudo que fiz é sem sentido, sinto que não vivi nada e não me resta mais tempo. Com lágrimas ele fecha sua colocação: Isso tem me consumido por dentro”.

Será que estas táticas têm contribuído para o aumento das doenças psicossomáticas (depressão, envelhecimento precoce, ausaimer)?

De quem é a culpa: da escravidão imposta por Faraó ou dos filhos de Deus que se submetem aos cômodos e falidos sistemas de manipulação?

Em dias de muito calor e “aquecidos fornos” até mesmo no meio eclesiástico, proponho uma reflexão de valores aos quais permeiam nossas ações e obras no cotidiano e que o fim seja o entendimento que nenhum talento, carisma ou esforço valem a pena se não estiverem debaixo de um interesse e propósito do Pai.

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! Rm 11.36”.

Fraternalmente,

David Júnio

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