Texto: Mateus 9.17
“Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põem-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam”
Muito tem sido falado sobre ser cheio do “vinho novo” e vemos neste texto que é intenção do Senhor nos encher, mas o fato é, será que temos sido odres novos?
Afinal, o que é um odre? De que ele é feito? Como é este processo de fabricação?
Odre é um saco feito de pele que é utilizado para transportar líquidos. Também chamado de bolsas, eram feitas de pele de ovelha, onde se conservava o vinho. À medida que o suco de uva fermentava o vinho se expandia. Os odres novos tinham maior resistência e flexibilidade e se esticavam, mas os odres usados e envelhecidos não suportavam a pressão e estouravam, colocando o vinho a perder.
O processo de fabricação dos odres é bastante peculiar e se iniciava com a escolha de uma ovelha. Somos escolhidos de Deus (Ef 1.4).
Depois da escolha o 1º processo era o tosquiar a lã da ovelha: Isso fala de Orgulho e soberba. Se quisermos ser cheios do Espírito Santo temos que retirar de nós toda raiz de orgulho e soberba (Tg 4.6, Pv 16.18).
O 2º processo era amputar as pernas da ovelha: Isso fala de darmos a direção da nossa vida a Cristo, devemos ser levados por Ele e não por nossa própria vontade (At 17.28).
O 3º processo era decapitar a cabeça: Isso fala de perder a “nossa vida” (Gl 2.20, Fp 1.21, Rm 14.8). Fala também do reconhecimento de que Cristo é o Cabeça e não existe “nosso” ministério e sim o ministério Dele que é o Cabeça da Igreja (Ef 1.20-23, Ico 11.3).
O 4º processo era limpar todo interior da ovelha: A física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. Se você está no centro da “sua vida” significa que Jesus não está lá. Devemos seguir o exemplo do nosso mestre e nos esvaziar (Fp 2.5-11).
O 5º processo era curtir a pele: Nesta etapa a pele é submetida a etapas de agressões (ácidos e produtos químicos etc.). Após isso passava por um processo de sovada nas pedras, procedimento esse que trazia maior maciez, resistência e a transformava em um couro de boa qualidade.
Esse processo fala dos sofrimentos e dificuldades que passamos, pode parecer um discurso louco, mas esta etapa nos aperfeiçoa e nos transformam em pessoas mais resistentes e confiáveis.
Comprovamos isso com algumas declarações de uma ovelha bem curtida, o apóstolo Paulo (2co 6.3-10, Rm 8.18, 2Co 4.7).
Para transformarmos em odres cheios do vinho novo, cheios do Espírito Santo devemos passar por essa mutação atingindo assim todas as áreas da nossa vida, gerando frutos que expressam a amplitude desta transformação (Gl 5.22).
Nele sempre
David Júnio
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