O advento da internet proporcionou uma disseminação da informação até então inimagináve!
A partir do ano 2000 até o presente, a humanidade obteve um avanço científico e tecnológico maior do que o alcançado em toda a sua história até aquele ano.
Porém a internet está proporcionando uma nova transformação global: as redes…
Segundo especialistas, toda a humanidade está envolvida neste processo. Até mesmo as estruturas hierárquicas estão sofrendo alterações: sai a estrutura piramidal; entra a estrutura em rede.
A primeira possui um corpo sólido e o núcleo do poder está no topo da pirâmide. Um pequeno núcleo sendo sustentado por bases cada vez maiores conforme decresce o nível econômico das mesmas. Já a segunda, não possui uma estrutura sólida e aparenta possuir um núcleo de poder vazio. Entretanto, o poder é orientado pelo fluxo da informação. Neste caso, quem possui mais informação, detém o poder.
Em termos práticos, uma transformação igual a esta, não é experimentada pela humanidade desde os séculos XIV e XV, quando então se formaram as bases para uma sociedade moderna e capitalista.
Precisamos estudar estas novas relações de interação para avaliarmos os impactos que elas nos causarão. Um fato relevante é que apenas 1/5 da população mundial se enquadra dentro dos parâmetros desta nova sociedade emergente.
Assim, reflito: Estudo muito por que gosto e assim entendo que posso contribuir melhor com o Reino de Deus ou busco mais informações para me sentir conectado e parte integrante desta rede?
Será que temos percebido o quanto somos incentivados a adquirirmos conhecimentos cada vez maiores?
Utilizando o conceito de programação estruturada de dados na nuvem (termo utilizado pelos usuários de TI) e as novas e emergentes estruturas de trabalho (não mais um local físico, mas um ponto de acesso – ex: casas, autônomos , dentre outros), arrisco palpitar que em alguns anos a humanidade tenderá a submersão na “nuvem”, ou seja, todos conectados. A informação (contida com nós seres humanos) estará espalhada pelo mundo. Quando solicitado um determinado especialista em uma área qualquer, aquele que estiver mais próximo do ponto a ser atendido, executará a atividade.
Como temos nos relacionado nas redes sociais?
Estamos sendo ensinados, ou melhor dizendo, discipulados à idéia de termos uma vida pública. Assuntos, imagens, gostos, preferências, filmes, músicas, comidas, roupas, enfim uma gama de informações que até pouco tempo eram restritas ao nosso círculo familiar, são disponibilizadas ao acesso de todos, perdendo o direito de privacidade e tomando a forma de domínio público.
Para complementar as redes sociais também disponibilizam campos nos quais informamos nossa formação, ou seja, ocupação. Deixamos de ser assim pessoas relacionáveis que procuram ampliar seus círculos de amizade sincera para nos tornarmos meros prestadores de serviço ou fonte de mão-de-obra qualificada.
Nestes termos, utilizo a crítica presente no filme “A Ilha” lançado há alguns anos, no qual foi abordado o conceito de sociedade de clones que os mantinha em vida até o dia em que fossem utilizados para o propósito de sua criação: doarem partes dos seus corpos ou mesmo suas vidas, para suprir a necessidade de seus donos (quem não teve oportunidade de assistir, recomendo).
Assim proponho a idéia de que se não refletirmos sobre a construção consciente de uma sociedade conectada em redes e o devido uso das informações que postamos na “nuvem” (um local virtual no qual encontram-se informações a nosso respeito), nos tornaremos especialistas, fornecedores de mão-de-obra qualificada alocados em um ponto qualquer da sociedade, a espera de um contato para cumprimos nossa função. Desta forma, as redes sociais assumiriam o simples papel de nos deixarmos vivos, ou em um linguagem mais apropriada – conectados – alimentando uma “matrix” planetária de dados.
Recomendo os seguintes filmes: A Ilha, Wall-E, Substitutos e Matrix.
Fontes: Olhando para o século XXI - Uma visão do mundo globalizado - Marco Aurélio F. Velloso
Livro: A Sociedade em Rede - Manuel Castell
Site: Inovação Tecnológica
Filmes: conforme supracitado.
Fábio Tomaz,
Cooperador da Missão Cooperação em Citrolândia