segunda-feira, 28 de junho de 2010

Profissionalizando para Cooperar

Há algum tempo tenho pensado sobre a cooperação e a profissão ou profissionalismo, este último pode ser definido como comportamento correto do profissional. Ao pesquisar no dicionário Aurélio as palavras profissional e cooperação, me chamou a atenção algumas definições: por profissional pode-se entender uma pessoa que exerce uma atividade por ofício. Por cooperação ou cooperar temos uma pessoa que trabalha em comum, que participa, ajuda, entre outras definições. Vale salientar outras palavras dentro destas definições como ofício que é definida por uma ocupação permanente de ordem intelectual, uma incumbência, uma missão; e intelectual que é definida como uma pessoa que tem gosto predominante ou inclinação pelas coisas do espírito, da inteligência, que possui dote do espírito; por último dote significa atribuir algum dom, ter um dom natural.

A partir de um bom tempo atrás o mercado tem determinado a profissão de muitos de nós, atribuindo a estas escolhas alguns benefícios superficiais e temporários no qual podemos chamar também de ilusórios. Várias pesquisas têm surgido para diagnosticar porque as pessoas tem sentido e sofrido tantas frustrações, medo, problemas de saúde, entre outros. Quando fazemos escolhas erradas, sofremos, quando fazemos escolhas certas, nos alegramos e isto se torna duradouro e também possivelmente permanente. A partir deste pressuposto outra palavra ganha destaque, a ambição. Quando fazemos a escolha pelo que o mercado determina é provável que a ambição esteja voltada a conquista de coisas materiais, coisas que possivelmente poderão ter um fim em curto prazo, tendo em vista os malefícios descritos acima por esta escolha.

Contrapondo, nossa inteligência, nossa intelectualidade individual não é determinada pelo mercado, é algo interior, constituído por um dom natural, por um desejo ardente e permanente dentro de nosso ser material que somente será suprido através de seu cumprimento, temos então uma missão. A palavra de Deus relata em 1 Coríntios 2:9: “mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. Prosseguindo aos versos posteriores vemos que o Espírito de Deus nos revela aquilo que não sabemos ainda. Somente nós sabemos o que sentimos individualmente e o que pelo Espírito de Deus nos revelou. O que quero dizer é que se nosso ofício vem de uma ordem intelectual e nossa intelectualidade tem gosto predominante ou inclinação as coisas do espírito, logo, têm que conferir coisas espirituais com espirituais para que recebamos o que vem do Espírito de Deus e conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Em Romanos 12:2 diz: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Ao que está sendo proposto, não nos conformar com este século está relacionado a não deixar que o mercado dite nossa profissão, não trabalhamos para o mercado e sim desenvolvemos nosso ofício em cumprimento a nossa missão. O que estava intrínseco em Daniel, José, Paulo, Tiago entre outros não mudava com o tempo, ou com o mercado, mas se aperfeiçoava na medida em que recebiam do Espírito de Deus. Renovar nossa mente diariamente significa não olhar para o instantâneo, rápido e material, mas sim ao que nos é revelado e desconhecido. O desenvolvimento de nossos ofícios nos dará como meio, remuneração financeira, falta de privações e recursos quaisquer que sejam, mas o fim é o cumprimento, ou seja, a cooperação para o estabelecimento do Reino. “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós” (1Coríntios 3:9), somos um terreno sendo preparado, um resultado de um conjunto de planos que nos esta sendo revelado a medida que o auxiliamos.

Priscilla Ribeiro de Souza

Administradora e funcionária pública



O Culto já Começou

Com o devido zelo pela comunicação e pelas palavras que saem de nossa boca, fui confrontado a validar as expressões “vamos ao culto” ou “o culto já começou”. São expressões cotidianas no ambiente eclesiástico, mas que muitas vezes não compreendidas totalmente por quem fala.

Vemos que Deus cria a parte espiritual do homem (Gn 1.26) e na seqüência cria a parte física do homem para receber aquela parte já criada pela trindade (Gn 2.7).

Interessante que em seguida Deus dá funções a este ser e é justamente aí que encontramos uma pérola.

“Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” Gn 2.15

Quero chamar atenção para a palavra “cultivar”, cujo verbo vem do latim “cultus” que em português significa “culto” e que gerou também a palavra “cultura”.

Nascemos com a necessidade de cultuar a Deus e isso não está ligado a momentos que passamos reunidos entre quatro paredes. Quando trabalhamos aqui na terra prestamos culto a Ele, seja dando aula, arrumando casa, cuidando dos filhos ou varrendo uma rua expressamos aquilo que nos foi confiado desde criação do mundo.

Trata-se muito mais de um estilo de vida do que a potência de um microfone e uma voz eloqüente.

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Cl 3.17

Cultuando;

David Júnio

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Binóculo de Deus

Atos 17.28 “pois Nele vivemos e nos movemos e existimos como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração”

Sabemos que Deus tentou se relacionar com o homem durante todo o antigo testamento, fez alianças com vários deles, mas após Malaquias 4 há uma pausa de 400 anos, chamada de período inter-testamentário, onde Deus ficou em silêncio somente a observar os homens.

Chegado o término deste período, Deus começou a percorrer a terra procurando pessoas a qual pudesse receber uma nova proposta que mudaria a história da humanidade.

A bíblia diz que Ele acha Zacarias e Isabel (Lc 1.1-7) e quais eram as qualidades que fez com que fossem escolhidos? A bíblia diz que eles eram JUSTOS e IRREPREENSÍVEIS.

É interessante ressaltar que este casal não estava morrendo de trabalhar, superativados, trabalhando incansavelmente no templo, eles estavam vivendo em justiça conforme os mandamentos do Senhor e aguardando com o coração totalmente Nele.

Às vezes nos preocupamos tanto no fazer e nos esquecemos de achar graça aos olhos do Pai, porque sem Ele nada podemos fazer (Jo 15.5);

A palavra “Justos” aqui tem tudo a ver com POSIÇÃO.

Justiça no original quer dizer: Alinhamento, posicionamento.

Antes de fazermos algo por Ele devemos nos preocupar em estar Nele e achar graça aos Seus olhos!

Gosto muito de uma frase que diz: “A adoração vem antes do serviço e o Rei antes dos negócios do Rei”

Esta justiça não vem por força própria, só somos justos quando estamos Nele (2Co 5.21)

Este texto fala também de TEMPO:

“e não tinham filhos, porque Isabel era estéril, sendo eles avançados em dias”(v.7)

Você já reparou que gastamos a metade de nosso tempo pensando no que já aconteceu e a outra metade no que vai acontecer?

Questionamos o tempo, não entendemos o porquê não acontece aquilo que planejamos, mas creio que isso estava totalmente ligado a origem do nome de Zacarias e com a lição que traria para ele um aperfeiçoamento imprescindível para sua missão.

Zacarias no original significa “O Senhor se lembra”

Achamos que Deus se atrasa e com o passar dos dias vemos que Ele agiu exatamente na hora, pois todos podem se esquecer, mas ele nunca se esquece (Ec 3.1, Is 49.15).

Vale ressaltar que mesmo em um cenário de total esterilidade no momento certo o fruto é gerado, pois a fé ri das impossibilidades e quanto maior improbabilidade, maior é a chance de experimentar um milagre!

Um anjo aparece a Zacarias e prediz o nascimento de João, só que este duvida e fica mudo até o nascimento do bebê (Lc 1.20). Nascido à criança queriam lhe dar o nome do pai e como não podia falar pediu uma tabuinha e escreveu o nome da promessa (Lc 1.62-63)

Isso me lembra as palavras do profeta Habacuque:

“Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo” Hc 2.2

Os meus votos é que você esteja POSICIONADO Nele, respeite o TEMPO e ESCREVA a visão para que quando o binóculo de Deus passar Ele possa encontrar você!

Sinceramente;

David Júnio


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tricotomia Assistida

E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” 1Te 5:23

O ser humano essencialmente é formado por três partes, somos um espírito, possuímos uma alma e habitamos em um corpo. O fato é que temos sido tentados a negligenciar alguma destas partes, no ambiente eclesiástico vemos pessoas que só se preocupam com o espírito, e tudo que acontece responsabiliza as influências espirituais. Outro extremo são pessoas que cuidam da saúde, do corpo, vestem belas roupas, mas ao nos aproximar identificamos doenças na alma que nem a melhor maquiagem do mercado consegue esconder.

Lamentavelmente, muitas pessoas estão doentes em seu interior e o curso natural de suas ações é “se sou ferido, logo vou ferir também”. A doença da alma, quando não é tratada, contamina outros ao redor e normalmente essas pessoas são muito críticas, pessimista, nada está bom, tendentes a sempre ver, pensar e sentir o pior; pede conselhos, mas nunca colocam em prática, são pessoas desconfiadas, inseguras, fisicamente estão bem e desfrutam de ótima saúde, mas estão doentes por dentro.

Isso me faz lembrar de Jacó, menino que quando do seu nascimento (Gn 25.23-26) recebeu um batismo, uma sentença a respeito do seu nome “enganador, usurpador, desonesto”!

Como poderiam determinar o fato de um bebê nascer com uma das mãos coladas no calcanhar do irmão era suficiente para lhe atribuir tais adjetivos?
Como naquela época o nome indicava muito da essência proposta para as pessoas, este menino cresceu ouvindo estas declarações, exposto a todo tipo de pré-conceito e isso foi gerando marcas e mágoas na sua personalidade, ferindo sua alma e gerando legalidades para atuações condizentes com tais palavras.

Vemos sinais de uma mentalidade pervertida no incidente do “prato de lentilhas” ao qual Jacó propôs uma troca ao ver seu irmão morto de fome (Gn 25.31-34) e também quando da benção de seu pai Isaque ao primogênito (Gn 27.1-29) que por conselhos de sua mãe vestiu uma roupa e cozinhou a fim de enganar seu pai e usurpar o lugar do irmão.

Jacó não nasceu Jacó “enganador, usurpador, desonesto”, mas foi se tornando Jacó. Quero trazer a responsabilidade das nossas declarações, pois satanás aproveita as palavras que saem de nossa boca, acrescenta feridas na alma e corrompe o caráter de pessoas. O que tem saído de sua boca com relação às pessoas a sua volta?

Mas Deus sabia exatamente o ponto fraco de Jacó. Após esses incidentes ele foge, se casa com Léia e Raquel e ao caminhar pelo vale de Jaboque lhe aparece um “homem” o qual lutaram por toda a noite. Jacó insistiu mesmo depois de ter sua coxa ferida, não largou o “homem” declarando que só o deixaria ir após receber a benção (Gn 32.26).

Ao reconhecer todo o esforço de Jacó, o “homem” lhe faz uma pergunta:

Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? (Gn 32.27)

Jacó não estava preparado para esta pergunta, mas Deus sabia que era o ponto principal e desencadeador de suas más condutas. Naquele momento um filme pode ter passado na cabeça deste menino que cresceu tendo a sua alma machucada e mediante a sua confissão (meu nome é Jacó) foi proposto uma restauração que traria cura total ao seu interior:

“Então disse: Já não te chamarás Jacó e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste” Gn 32.28

Seu nome foi alterado de “enganador, usurpador, desonesto” para Israel que significa “Príncipe de Deus” e outra definição que achei maravilhosa foi “Aquele que reina com Deus”.

Incentivo a você a sondar seu interior, veja se há feridas na sua alma, não descarte nem trate superficialmente as marcas que palavras, definições ou padrões lhes causaram durante sua vida, pois creio que Deus está interessado em nos assistir não só nosso espírito e corpo, mas também em nossa alma!

No amor do Pai;

David Júnio