terça-feira, 6 de abril de 2010

Deja’vu Histórico

1Co 11.1 “Sede meus imitadores, como também sou de Cristo”

Atualmente a palavra imitar caiu no sinônimo negativo, mas Paulo nesta carta aos Coríntios nos incita a repensar.

No Aurélio “imitar” é fazer exatamente o que faz uma pessoa; reproduzir à semelhança de; ter por modelo ou norma.

Há poucos dias muito me espantei com a fala de um missionário sobre os mártires e a maneira como muitos discípulos de Jesus foram mortos. Ele demonstrava em suas palavras um desejo alucinante por tais mortes, levando como um privilégio e motivo de alegria inexprimível. Fiquei pensando sobre tal procedimento e como fora alcançado por corações humanos em pleno século XXI.

Lembrei-me de Estevão e sua morte (At 7). Após pessoas serem compradas para afirmar mentiras a seu respeito, Estevão ao invés de defender a si próprio, trouxe uma acusação contra seus acusadores. Em uma hábil revisão da história de Israel, ele conclui que a presença de Deus não se limita a um lugar geográfico, nem a um povo em particular. Seu discurso apaixonado o levou a morte violenta (At 7.54-60).

Vejamos a visão de Estevão no v.55-56. Este homem cheio do Espírito Santo ao olhar para o céu vê Jesus em à direita de Deus. Mas o que me chamou atenção é que o convite feito a Jesus no Sl 110.1 “Assenta-te à minha direita” e cumprido em Cl 3.1 “assentado à direita de Deus”, mas o escritor relata que Estevão viu Jesus de pé! A convicção deste homem levantou Jesus do seu trono para receber seu corpo, Aleluias!

Mas o espanto maior ainda estava por vir. As palavras de Estevão no v.59 “Senhor Jesus recebe o meu espírito” foram testemunhadas por várias pessoas e suas mentes pareciam já ter presenciado algo parecido, palavras tais como “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” Lc 23.46.

Em seguida ele faz uma oração que deixa a cabeça dos seus perseguidores atordoadas (V.60) “Senhor, não lhes imputes este pecado”.

Um Dejà’ vu acontece, estas expressões eram muito familiares e ainda pareciam frescas na memória daqueles ali presentes que muitos abalados se lembram das palavras de Jesus a beira da morte “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” Lc 23.34.

A história diz que Estevão falava fluentemente tanto o Grego quanto o Aramaico e o caráter de Jesus ficou tão impregnado em sua vida que restou a ele expressar com exatidão as mesmas atitudes e palavras de seu mestre, possivelmente no mesmo dialeto.

Existe uma frase que diz: “O segredo não é dominar certas técnicas, mas ser dominado por determinadas convicções”.

Que sejamos transformados conforme a sua imagem (2Co 3.18) e alcancemos este nível de imitação!

NEle sempre;

David Júnio



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